sábado, 21 de abril de 2012

I Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência

          No dia 26 de abril, próxima quinta-feira, o CMDPD realizará a I Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Com Deficiência, com o tema "Um olhar através da convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da ONU: Novas Perspectivas e Desafios". O Evento será realizado na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, das 07:00 às 12:00 horas.
        Sua presença é muito importante para formularmos juntos as propostas a serem enviadas a Conferência Estadual, e posteriormente a Conferência Nacional.
      


Direitos da Pessoa com Deficiênicia (do site viva as diferenças):
                   As palavras agem sobre as pessoas. Podem ou não discriminar. O que dizemos mostra o que pensamos, o que desejamos, o que fazemos. Palavra é ação. Palavras diferentes produzem sentidos diferentes. Por isso, quando dizemos que alguém é um deficiente físico, estamos discriminando essa pessoa atribuindo a ela uma idéia de incapacidade.
          Veja como tudo muda se falamos de pessoas com deficiência ou pessoa portadora de deficiência. Nesse caso, a pessoa não é deficiente, mas apresenta uma deficiência, o que é outra idéia.
 
          A deficiência é todo e qualquer comprometimento que afeta a integridade da pessoa e traz prejuízos na sua locomoção, na coordenação de movimentos, na fala, na compreensão de informações, na orientação espacial ou na percepção e contato com as outras pessoas.
          Como sabemos, nossa sociedade ainda não é inclusiva. Há grupos de pessoas discriminadas até mesmo nas denominações que recebem: inválido, excepcional, deficiente... Tais palavras revelam preconceito. Por intermédio delas estamos dizendo que certas pessoas precisam mudar para que possam conviver na sociedade. Assim, dizemos que é responsabilidade da pessoa com deficiência a sua integração à sociedade. Diferentemente, o termo inclusão indica que a sociedade, e não a pessoa, é que deve mudar. Para isso, até as palavras e expressões para designar as diferenças devem ressaltar os aspectos positivos e, assim, promover mudança de atitudes em relação a essas diferenças.
          Diante de tantas mudanças que hoje vemos eclodir na evolução da sociedade, surge um novo movimento, o da inclusão, conseqüência da visão de um mundo democrático, no qual pretendemos respeitar os direitos e deveres. A limitação da pessoa não diminui seus direitos: é cidadã e faz parte da sociedade como qualquer outra. Chegou o momento da sociedade se preparar para lidar com a diversidade humana.
          Todas as pessoas devem ser respeitadas, não importa o sexo, a idade, as origens étnicas, a opção sexual ou as deficiências. Uma sociedade aberta a todos, que estimula a participação de cada um, aprecia as diferentes experiências humanas e reconhece o potencial de todo cidadão é denominada sociedade inclusiva.
          A sociedade inclusiva tem como objetivo principal oferecer oportunidades iguais para que cada pessoa seja autônoma e autodeterminada. Esse processo democrático se constituí em reconhecer todos os seres humanos como livres, iguais e com direito a exercer sua cidadania.
          Para que uma sociedade se torne inclusiva, é preciso cooperar no esforço coletivo de sujeitos que dialogam em busca do respeito, da liberdade e da igualdade.
           É nosso dever fornecer mecanismos para que todos possam ser incluídos.
          Leis têm sido criadas para a garantia dos direitos da pessoa com deficiência. Mas, apesar delas, percebemos que excluímos as pessoas que consideramos diferentes. Precisamos, então, conhecer e reconhecer essas pessoas que vivem à nossa volta, excluídas por nossa própria ação. Se desejamos realmente uma sociedade democrática, devemos criar uma nova ordem social, pela qual todos sejam incluídos no universo dos direitos e deveres. Para isso, é preciso saber como vivem as pessoas com deficiência, conhecer suas
expectativas, necessidades e alternativas. É necessário pensar nas dificuldades e conquistas desses excluídos e na possibilidade de concretização dos seus direitos: soluções simples e concretas para que possam ir e vir; planejamentos eficazes para que possam estar nas salas de aula; plena assistência à saúde; qualificação profissional; emprego; prática de esporte; cultura e lazer.

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